Os primeiros 30 segundos de vida do bebê são cruciais. No Brasil, 1 em cada 10 recém-nascidos precisa de ventilação realizada por profissionais no primeiro minuto de vida, devido a dificuldades durante o parto ou doenças respiratórias.
Os primeiros 30 segundos de vida do bebê são cruciais. No Brasil, 1 em cada 10 recém-nascidos precisa de ventilação realizada por profissionais no primeiro minuto de vida, devido a dificuldades durante o parto ou doenças respiratórias. Entre os prematuros, 6 vão ter esta necessidade. E é no primeiro minuto que tudo pode mudar.
Segundo a pediatra do HCC, Micheline Souilljee, durante a gravidez o feto recebe o sangue oxigenado pela placenta e a partir do primeiro choro passa ele mesmo a oxigenar o seu sangue através da respiração. “Portanto é fundamental que essa transição transcorra de forma eficiente. Isso deve acontecer no primeiro minuto de vida. Por isso, em Neonatologia chamamos O MINUTO DE OURO. Caso não ocorra, é necessário iniciar o que se chama de manobras de reanimação”, explica Micheline.
O pré natal é importante para verificar se existe algum problema com o bebê. Mas mesmo com um pré natal completo e sem alterações existem situações no momento ou durante o trabalho de parto que podem afetar o bebê e impedir que faça a transição de forma eficiente e segura. “O pediatra é o profissional indicado para avaliar o recém-nascido no momento que nasce e decidir nos primeiros 30 segundos de vida se é necessário alguma intervenção para garantir a transição adequada. A partir do primeiro minuto de vida, a inadequada oxigenação do sangue traz sequelas por vezes graves”, diz a Pediatra.
Micheline ressalta que as mamães devem conversar com seus pediatras sobre esse assunto e garantir a segurança do seu bebê no minuto mais importante da vida dele, uma vez que a consulta com esse profissional já pode ser feita no terceiro mês de gestação, incluindo a conversa com o pediatra no pré natal. “O acompanhamento com o pediatra no parto é necessário, pois o fato de conhecer o bebê pode chamar a atenção para falhas no desenvolvimento ou perda de habilidades já adquiridas, o que deve ser investigado”, explica.