HCC
HCC participa de seminário na Federação dos Hospitais Filantrópicos do RS
08/12/2015
Na última sexta-feira (04/12) o Diretor Geral Sr. Hélio Lutz e o Administrador Felipe Sohne do HCC participaram de um evento promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS acerca das perspectivas do setor de saúde para o próximo ano. Abaixo segue na íntegra, carta elaborada no seminário.
Na última sexta-feira (04/12) o Diretor Geral Sr. Hélio Lutz e o Administrador Felipe Sohne do HCC participaram de um evento promovido pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS acerca das perspectivas do setor de saúde para o próximo ano. Abaixo segue na íntegra carta elaborada no seminário.
Os palestrantes participantes do Seminário foram: Guilherme Reis Advogado da Nelson Wilians & Advogados Associados, André Nunes Chefe de Nucleo Econômico da FIERGS, José Luiz Spigolon Diretor Geral da Confederação das Misericordias do Brasil - CMB, Renata Cachapuz Chefe de Nucleo - ANS, João Gabbardo dos Reis Secretário Estadual da Saúde do RS e José Parode Presidente do IPERGS, Adriano Deito Representante da FAMURGS e Alberto Beltrame Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Carta do Seminário “CENÁRIO 2016: PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES”
As 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado, responsáveis por 75% do atendimento ao Sistema Único de Saúde dos gaúchos, atravessam um dos piores cenários de suas existências. A crise financeira sem precedentes em que está inserido nosso País e o Estado do Rio Grande do Sul, tem conseqüências nefastas à saúde pública. Fazendo uma analogia ao dia-a-dia hospitalar, estamos na UTI, respirando com ajuda de aparelhos.
Os filantrópicos viabilizam o funcionamento do SUS - uma das maiores conquistas sociais do Brasil -, já que o Estado, nas suas diferentes esferas, não dispõe de uma estrutura capaz de suportar a universalidade da assistência. Para vencer esse obstáculo, a administração pública estabeleceu um acordo com a rede beneficente, que coloca seus hospitais à disposição do projeto. Essa parceria é a espinha dorsal do SUS e o colapso das Santas Casas e Hospitais Beneficentes coloca em risco todo o funcionamento do Sistema.
O ano de 2015, sem dúvida, está sendo um período brutal para nossas instituições. No Rio Grande do Sul, mais de 4 mil colaboradores foram demitidos, houve redução de aproximadamente 46 mil internações e mais de 2 milhões de exames e diagnósticos deixaram de ser feitos. Em todos os meses desse ano os hospitais trabalharam com déficit econômico e financeiro, agravados pelo quadro de recessão. O déficit econômico resultante da relação receita/custo, advindo da prestação de serviço ao SUS, tem como efeito cascata o atraso nas obrigações com colaboradores, fornecedores e instituições financeiras, fato que é do conhecimento público. No Brasil, segundo dados da Confederação das Santas Casas, 8,3% dos postos de trabalho serão reduzidos, 10,4% dos hospitais encerrarão suas atividades e 11 mil leitos serão desativados.
Para 2016 as perspectivas seguem a linha do exercício que está findando, quiçá piores. Desaceleração da economia, aumento de impostos, inflação alcançando níveis históricos, além de cortes nos orçamentos. As demissões, segundo previsões, permanecem. Muitos beneficiários perderão seus planos de saúde (o acumulado do ano, no Brasil, alcançará 900 mil pessoas), indicando que o SUS estará mais inchado, com menos recursos e com estrutura reduzida. Resultado dessa equação – CAOS.
Não resta dúvida de que é interesse das entidades manter um canal efetivo de diálogo para alcançar as soluções esperadas pelos milhares de usuários do SUS, nas três esferas governamentais e com os demais setores da sociedade que também sofrem neste difícil momento, tendo presente nosso inarredável compromisso social e a defesa dos interesses maiores da população, estivemos reunidos no Seminário Cenários 2016: Perspectivas e Oportunidades.
Entre as alternativas para suplantar o atual e o futuro momento destacamos: a necessidade de uma resposta eficaz dos governos nas diferentes esferas no que tange à revisão de seus orçamentos no setor de saúde, um cronograma de recomposição dos preços praticados pela prestação de serviços, visando estabelecer de forma definitiva o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos. Transitoriamente, e a curtíssimo prazo, a viabilização de financiamento aos moldes da agricultura, visando a oxigenação financeira de nossas instituições. De nossa parte, na repactuação dos contratos, teríamos que estabelecer a readequação de nossas estruturas, a redução de tetos físicos e orçamentários para continuarmos a atender a população.
O cenário é assustador e a união é fundamental para que possamos sair da UTI.
Juntos Somos Mais.
Os palestrantes participantes do Seminário foram: Guilherme Reis Advogado da Nelson Wilians & Advogados Associados, André Nunes Chefe de Nucleo Econômico da FIERGS, José Luiz Spigolon Diretor Geral da Confederação das Misericordias do Brasil - CMB, Renata Cachapuz Chefe de Nucleo - ANS, João Gabbardo dos Reis Secretário Estadual da Saúde do RS e José Parode Presidente do IPERGS, Adriano Deito Representante da FAMURGS e Alberto Beltrame Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.
Carta do Seminário “CENÁRIO 2016: PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES”
As 245 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado, responsáveis por 75% do atendimento ao Sistema Único de Saúde dos gaúchos, atravessam um dos piores cenários de suas existências. A crise financeira sem precedentes em que está inserido nosso País e o Estado do Rio Grande do Sul, tem conseqüências nefastas à saúde pública. Fazendo uma analogia ao dia-a-dia hospitalar, estamos na UTI, respirando com ajuda de aparelhos.
Os filantrópicos viabilizam o funcionamento do SUS - uma das maiores conquistas sociais do Brasil -, já que o Estado, nas suas diferentes esferas, não dispõe de uma estrutura capaz de suportar a universalidade da assistência. Para vencer esse obstáculo, a administração pública estabeleceu um acordo com a rede beneficente, que coloca seus hospitais à disposição do projeto. Essa parceria é a espinha dorsal do SUS e o colapso das Santas Casas e Hospitais Beneficentes coloca em risco todo o funcionamento do Sistema.
O ano de 2015, sem dúvida, está sendo um período brutal para nossas instituições. No Rio Grande do Sul, mais de 4 mil colaboradores foram demitidos, houve redução de aproximadamente 46 mil internações e mais de 2 milhões de exames e diagnósticos deixaram de ser feitos. Em todos os meses desse ano os hospitais trabalharam com déficit econômico e financeiro, agravados pelo quadro de recessão. O déficit econômico resultante da relação receita/custo, advindo da prestação de serviço ao SUS, tem como efeito cascata o atraso nas obrigações com colaboradores, fornecedores e instituições financeiras, fato que é do conhecimento público. No Brasil, segundo dados da Confederação das Santas Casas, 8,3% dos postos de trabalho serão reduzidos, 10,4% dos hospitais encerrarão suas atividades e 11 mil leitos serão desativados.
Para 2016 as perspectivas seguem a linha do exercício que está findando, quiçá piores. Desaceleração da economia, aumento de impostos, inflação alcançando níveis históricos, além de cortes nos orçamentos. As demissões, segundo previsões, permanecem. Muitos beneficiários perderão seus planos de saúde (o acumulado do ano, no Brasil, alcançará 900 mil pessoas), indicando que o SUS estará mais inchado, com menos recursos e com estrutura reduzida. Resultado dessa equação – CAOS.
Não resta dúvida de que é interesse das entidades manter um canal efetivo de diálogo para alcançar as soluções esperadas pelos milhares de usuários do SUS, nas três esferas governamentais e com os demais setores da sociedade que também sofrem neste difícil momento, tendo presente nosso inarredável compromisso social e a defesa dos interesses maiores da população, estivemos reunidos no Seminário Cenários 2016: Perspectivas e Oportunidades.
Entre as alternativas para suplantar o atual e o futuro momento destacamos: a necessidade de uma resposta eficaz dos governos nas diferentes esferas no que tange à revisão de seus orçamentos no setor de saúde, um cronograma de recomposição dos preços praticados pela prestação de serviços, visando estabelecer de forma definitiva o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos. Transitoriamente, e a curtíssimo prazo, a viabilização de financiamento aos moldes da agricultura, visando a oxigenação financeira de nossas instituições. De nossa parte, na repactuação dos contratos, teríamos que estabelecer a readequação de nossas estruturas, a redução de tetos físicos e orçamentários para continuarmos a atender a população.
O cenário é assustador e a união é fundamental para que possamos sair da UTI.
Juntos Somos Mais.