27 de setembro: Dia Nacional da Doação de Órgãos
Conheça a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HCC, saiba mais sobre os índices de doação de órgãos no estado e o que é necessário para tornar-se um doador.
Em 27 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Por isso, neste dia, são intensificadas as ações de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, a fim de incentivar as pessoas a tornarem-se doadoras e, especialmente, a declararem essa vontade aos seus familiares.
Afinal, a negação da família é a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais de saúde que realizam os protocolos de captação e doação de órgãos. Segundo informações da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, quatro em cada 10 famílias não autorizam o procedimento.
Também, conforme a entidade, de janeiro a 25 de setembro de 2017, 568 pacientes foram notificados como potenciais doadores, porém, apenas 211 doações foram efetivadas. Ainda assim, no ranking de doadores efetivos por estados brasileiros, entre janeiro e junho deste ano, o Rio Grande do Sul é o terceiro colocado, ficando atrás apenas de São Paulo e Paraná.
O número de procedimentos realizados, no entanto, é bem inferior ao número de pessoas que aguardam na fila por um órgão. Até agosto de 2017, 872 gaúchos estavam na lista de espera por um rim; 145 esperavam um fígado; 170 por um transplante de medula óssea; 85 na lista de espera por pulmão; 16 de córnea; e 17 por um coração.
Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HCC:
O Hospital de Caridade de Carazinho (HCC) mantêm, desde 2007, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que tem o objetivo realizar o processo de captação quando existe um potencial doador. Ou seja, quando há um paciente com diagnóstico de morte encefálica, a comissão organiza todo o processo, desde a comunicação à Central de Transplantes, com sede em Porto Alegre, a intervenção com a família até o fechamento do protocolo.
Nesse período de existência da CIHDOTT, já foram realizadas captações de coração, fígado, pulmão, pâncreas e rins, que foram transplantados em pessoas que esperavam na fila por um órgão. Para efetivar uma doação, uma equipe médica da Central de Transplantes vem até o HCC para realizar o procedimento, juntamente com os médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos da instituição de saúde.
Neste ano, o Hospital de Caridade de Carazinho notificou um caso de morte encefálica à Central de Transplantes, sendo que foi possível a captação dos rins.
Protocolo de morte encefálica:
O protocolo de morte encefálica consiste em uma série de exames e testes, exigidos por lei, que são realizados com o paciente para que o diagnóstico de morte encefálica seja confirmado. Esses exames devem ser realizados por dois profissionais médicos diferentes, em intervalos de tempo determinados em lei, de acordo com a faixa etária do paciente.
A morte encefálica é requisito fundamental para que um indivíduo seja considerado um potencial doador de órgãos. Ela consiste na parada total e irreversível das funções cerebrais, assim, ainda que os demais órgãos continuem em funcionamento, por meio da utilização de aparelhos, o indivíduo não voltará à vida.
O que é necessário para ser um doador de órgãos:
Atualmente, para ser um doador de órgãos, basta que a pessoa converse com os seus familiares e deixe bem claro a sua vontade de doar seus órgãos. Não há a necessidade de deixar um documento assinado, pois, os órgãos são doados somente com a autorização expressa dos familiares.
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