Atividade envolveu os profissionais que atuam na Maternidade e na Pediatria do HCC, além de enfermeiras de outros setores.
As equipes de enfermagem que atuam nos setores de Maternidade e Pediatria do Hospital de Caridade de Carazinho, participaram, na quarta-feira (06), de um treinamento sobre os cuidados de prevenção da transmissão vertical da Sífilis, ministrado pela enfermeira obstetra da instituição de saúde, Viviane Fassini.
No início da atividade – que contou, também, com a presença de enfermeiras de outros setores – foi apresentado o panorama da Sífilis no Brasil, com destaque para o número de casos da doença em gestantes e para o índice de ocorrências da Sífilis Congênita – aquela transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez.
De acordo com Viviane, de janeiro a julho de 2018, foram registrados, em Carazinho, 10 casos de Sífilis em gestantes e seis casos de Sífilis Congênita, por isso, é importante conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença, além de informar as equipes de saúde sobre a temática, para que possam auxiliar as pacientes com esses cuidados.
Durante o treinamento, portanto, a enfermeira explicou sobre os estágios da doença (primária, secundária, latente e terciária), ressaltando os sinais e sintomas de cada um, seu diagnóstico, tratamento e monitoramento.
Em seguida, explanou sobre a Sífilis em gestantes, salientando os malefícios que o tratamento inadequado pode ocasionar à mãe e ao bebê. “Na ausência de tratamento eficaz nas gestantes, 25% dos casos resultarão em abortos no 2º trimestre ou óbito fetal; 11% em morte fetal a termo; 13% em partos prematuros ou baixo peso ao nascer; e 20% dos recém-nascidos apresentarão sinais sugestivos de sífilis congênita”, detalha.
Por fim, ainda, falou sobre a Sífilis Congênita e sobre como ela se manifesta na criança, além dos protocolos de tratamento e do fluxograma de condutas para crianças expostas à doença. “É importante destacar que todos os recém-nascidos de mães com diagnóstico de sífilis na gestação ou no parto, ou na suspeita clínica de sífilis congênita, devem ser investigados, mesmo nos casos de mães adequadamente tratadas, devido à possibilidade de falha terapêutica durante a gestação”, afirma.