HCC

Linfomas: conheça os tipos, os sintomas e as opções de tratamento da doença

24/09/2019

De acordo com o médico Oncologista do HCC, Dr. Luciano Alt, o Linfoma é uma doença do sistema linfático, que envolve a medula óssea, os linfonodos, os vasos linfáticos e o baço, podendo acometer um ou mais órgãos.

No Brasil, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer – INCA, cerca de 4 mil pessoas morrem, anualmente, em decorrência de Linfomas. Além disso, estima-se que, a cada ano, sejam diagnosticados 10 mil novos casos da doença.

O diagnóstico precoce e adequado, como em todos os tipos de câncer, é um fator que contribui para o sucesso do tratamento, aumentando, consequentemente, a probabilidade de cura. Por essa razão, as ações informativas e de conscientização sobre a doença – intensificadas do mês de setembro - são essenciais.

De acordo com o médico Oncologista do HCC, Dr. Luciano Alt, o Linfoma é uma doença do sistema linfático, que envolve a medula óssea, os linfonodos, os vasos linfáticos e o baço, podendo acometer um ou mais órgãos. “Os Linfomas são diagnosticados, geralmente, pelo aumento de gânglios linfáticos (ínguas), que ficam muito visíveis ou palpáveis. No entanto, quando há envolvimento de gânglios não visíveis ou palpáveis - como nos pulmões ou fígado -, podem haver outros sinais e sintomas, como tosse, icterícia (amarelão), dor abdominal, dor torácica, além dos famosos sintomas B: febre, emagrecimento, coceira e suor noturno”, explica.

Segundo o especialista, os Linfomas são divididos em dois grupos: Linfoma Não Hodgkin e a Doença de Hodgkin. “A Doença de Hodgkin apresenta células típicas (linfócitos anormais), chamadas de células de Reed Sternberg, quando são realizadas biópsias dos locais comprometidas. Costuma acometer pacientes jovens, entre os 10 e 30 anos de idade. É comum ter crescimento de nódulos no pescoço e no mediastino – localizado entre coração e pulmões, além de axilas e regiões das virilhas”, comenta,

Ele ressalta, ainda, que, quando bem diagnosticada, a Doença de Hodgkin costuma ser tratada e curada, na maioria das vezes. Além disso, esclarece que os pacientes idosos podem ser acometidos por ela, mas, esses casos são menos comuns.

Os Linfomas Não Hodgkin, de acordo com Dr. Luciano, são doenças heterogêneas, que podem comprometer indivíduos de qualquer idade e ocorrer em diferentes graus, desde os mais leves até os mais agressivos. “Os Linfomas Não Hodgkin podem afetar qualquer órgão do corpo e apresentar-se como tumores em que há acúmulo de células do sangue alteradas (linfócitos). O tratamento varia de acordo com o potencial de agressividade da doença, ou seja, em alguns casos os linfomas podem ser apenas observados e, em outros, podem resultar na morte do paciente”, complementa.

O médico comenta, também, que, na maioria das vezes, não se consegue identificar um único fator como o responsável pelo aparecendo da doença. Segundo ele, existem fatores que alteram os linfócitos já na medula óssea, dando origem aos Linfomas, como as radiações ionizantes, ocasionadas por acidentes nucleares, excesso de exposição a exames de imagem com radiações de alta dose, por exemplo. “Porém, há algumas situações em que a causa dos Linfomas pode ser identificada, como a infecção pelo vírus EBV (Epstein Baar Vírus), que dá sinais e sintomas semelhantes a um resfriado comum. No entanto, nem todos que tiveram contato com este vírus desenvolvem linfoma, nem os que não tiveram contato ficam isentos”, destaca.

Conforme o oncologista, os Linfomas, em sua maioria, são tratados com quimioterapia, mas o método terapêutico pode envolver radioterapia, imunoterapia, anticorpos monoclonais e, inclusive, transplante de medula.

Eles enfatiza, ainda, que, ao perceber aumento excessivo de gânglios em qualquer local do corpo, febre, prurido, emagrecendo, suor à noite, tosse seca, dores inexplicáveis, as pessoas devem procurar um médico habilitado para reconhecer a doença, indicar uma biópsia ou descartar a doença. “Não são Linfomas as ínguas dolorosas, ligadas a uma doença inflamatória ou infecciosa. É comum que crianças e alguns adultos tenham aumento de gânglios por inflamação no ouvido, garganta, lesões de pele. Uma boa consulta pode elucidar as dúvidas”, esclarece.

 

Serviço de Oncologia do HCC

O serviço de Oncologia do Hospital de Caridade de Carazinho preocupa-se com a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento dos diversos tipos de câncer, entre eles, os linfomas. No local, são atendidos pacientes com mais de 16 anos, que acessam o serviço através de convênios, de forma particular ou pelo Sistema Único de Saúde - por intermédio do SISREG (Sistema Nacional de Regulação).

A unidade é referência para uma população de, aproximadamente, 200 mil habitantes.  Ela recebe pacientes oncológicos de 20 municípios que pertencem à 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), com sede em Passo Fundo, e à 15ª CRS, com sede em Palmeira das Missões. Além disso, os pacientes de convênios e particulares, de qualquer município, podem ser encaminhados ao setor por profissionais de outras especialidades ou agendar uma consulta espontaneamente.

A equipe da Oncologia do HCC é composta dois médicos oncologistas, um cirurgião oncológico, enfermeiras, técnicos de enfermagem, farmacêutica, psicólogo, fisioterapeuta, assistente social e nutricionista. O setor conta, também, com o apoio de médicos de outras especialidades no tratamento de casos específicos, como de Urologia, Neurologia, Cirurgia Torácica e Bucomaxilofacial.

Ao acessarem o serviço, ainda, os pacientes usufruem de uma estrutura qualificada, segura, confortável e acolhedora.

 


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