Gabriel Morais Bezerra, de 21 anos, veio ao Rio Grande do Sul para trabalhar no início de 2025. Natural de Patos na Paraíba, ele é portador de asma sem tratamento otimizado e não se adaptou ao clima, desenvolvendo uma grave pneumonia associada a exacerbação da asma. No dia 21 de março, Gabriel foi entubado e encaminhado para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde ficou internado 11 dias.  

Decorrente ao tempo de UTI e a medicação, Gabriel acabou perdendo os movimentos do corpo. Logo, iniciou a fisioterapia. Segundo a coordenadora da equipe de fisioterapia do HCC, Aline Ertel Ribeiro, na avaliação de força muscular, Gabriel apresentava força visível de grau 1, ou seja, o músculo perdeu toda sua força.

“Usamos no Gabriel, um aparelho de eletroestimulação, que o HCC comprou faz pouco tempo para a fisioterapia, com muito exercício associado para reabilitar a parte motora foi possível evoluir na força muscular grau 1 para 4, numa escala até 5. Também foi trabalhado a parte pulmonar, por se tratar de um paciente asmático. Cada dia uma evolução, hoje ele caminha com auxilio, o que consideramos uma alegria, pois esse era o desejo dele e isso nos deixa muito feliz”, explica a fisio Aline.

Gabriel ao relatar esses momentos pelo qual passou, se emociona, mas com um sorriso no rosto agradece a todos que de alguma forma trouxeram ele de volta a vida. “Quando cheguei ao Hospital, logo fui entubado e só piorando. Mas Deus é tão bom, que ele me deu mais uma oportunidade. Meu pai não estava aqui no Estado, veio porque os médicos entraram em contato para que ele viesse. Eu estava sozinho, porém com uma equipe que lutou para que eu sobrevivesse”, disse.

Edson da Silva Bezerra, pai de Gabriel, disse ao chegar ao HCC, depois de viajar mais de 3,5 mil Km, que estava angustiado, mas que agora está muito feliz por poder levar seu filho para casa, caminhando. “Meu filho está vivo e caminhando graças as médicas, fisioterapeutas e as equipes do HCC”, disse emocionado.

Gabriel falou que nesse tempo, o que mais quis foi voltar a andar. “O que me ajudou para isso acontecer, foram as fisioterapias, que agora quando eu voltar para minha cidade eu não sei como vou fazer. Eu peguei o contato das fisioterapeutas e elas vão me ajudar, assim como estão ensinando meu pai a me ajudar. Eu avalio tudo que vivi aqui de uma maneira positiva, apesar de não querer ter vivido essa doença, eu fui muito bem atendido e amparado”.

A Dra. Bruna de Almeida, pneumologista do HCC, ressaltou que o Gabriel recebeu todos os cuidados intensivos desde a emergência com seguimento a UTI. “Graças a todas as equipes envolvidas: emergência, UTI, leito de andar, incluindo Direção do Hospital, Secretaria de Saúde de Carazinho, 6ª Coordenadoria de Saúde e apoio de sua família e seu colega de trabalho, ele evoluiu favoravelmente”, disse.

Gabriel e seu pai estão voltando para sua cidade natal, mas deixou um abraço apertando em cada profissional que atuou em sua melhora. Agradecido ele disse, que muitas vezes achou que não poderia mais andar, mas que os profissionais do HCC vibravam e comemoravam a cada melhora. “Eu nunca vou me esquecer a festa que foi quando eu dei um passo na fisioterapia. Foram essas pessoas que me trouxeram de volta a vida e vou levá-las no meu coração”, disse.

Antes da alta hospitalar, Gabriel caminhou com ajuda a profissional de fisioterapia, do Posto 4, onde estava internado, até a UTI, onde agradeceu aos profissionais. “Vocês salvaram a minha vida. Obrigado”.