A iniciativa, direcionada aos pacientes da unidade, foi idealizada em parceria com a Liga Feminina de Combate ao Câncer de Carazinho.
A equipe multiprofissional do serviço de Oncologia do Hospital de Caridade de Carazinho está desenvolvendo, em parceria com a Liga Feminina de Combate ao Câncer do município, o projeto “Beba mais água”. A iniciativa, direcionada aos pacientes da unidade, visa estimular o consumo de água diário, especialmente, durante o período de tratamento quimioterápico.
A enfermeira responsável pela Oncologia HCC, Janete Ferla, explica que, para incentivar esse consumo, todos os pacientes que iniciam o tratamento na unidade estão recendo uma garrafa personalizada do projeto, juntamente com orientações sobre a importância de uma hidratação adequada. “É uma forma de lembrá-los sobre os benefícios da água para o organismo e de demonstrar nossa atenção e nosso carinho por eles”, destaca.
A presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Jussara Biazus, comenta que o projeto foi idealizado pela equipe da Oncologia, que percebeu a necessidade dos pacientes ingerirem uma maior quantidade de água, a fim de minimizar os efeitos colaterais do tratamento. “A Liga Feminina, com esta parceria, atinge um dos seus principais objetivos: melhorar a qualidade de vida dos doentes de câncer”, ressalta.
De acordo com a Nutricionista Clínica da instituição de saúde, Anelise Kayser, a água é fundamental para manter o organismo saudável, pois, entre outros benefícios, atua no transporte de nutrientes, na regulação da temperatura corporal e contribui para o adequado funcionamento do intestino. “A quantidade de água a ser ingerida depende de cada organismo e de outros fatores, que vão desde a quantidade de exercício realizado até a temperatura do ambiente em que estamos. Porém, de forma geral, orienta-se que um adulto deve ingerir no mínimo dois litros de água diariamente”, esclarece.
Além disso, segundo ela, quando a pessoa está em tratamento quimioterápico, o consumo de água torna-se ainda mais importante, pois, evita a desidratação, que ocorre quando o paciente não ingere a quantidade satisfatória de líquidos e/ou apresenta perda excessiva deles, por meio de sintomas como vômitos incontroláveis, diarreia líquida e febre. “É um quadro perigoso, pois pode provocar outros sintomas, tais como: letargia, fadiga, falta de apetite, perda de peso, constipação, desorientação, insuficiência renal e até coma, em casos mais graves. Esses sintomas, se não tratados rapidamente, podem comprometer a continuidade do tratamento quimioterápico e levar à necessidade de hospitalização do paciente”, salienta.