HCC

Médica pediatra do HCC ressalta a importância da vacinação

11/06/2019

De acordo com a médica pediatra, Dra. Ana Paula Strasburg, quando os pais optam por não vacinar seus filhos estão colocando em risco a saúde da criança e de toda a população. Por essa razão, segundo ela, vacinar o seu filho é também um ato de amor.

As vacinas são essenciais na defesa do organismo contra uma série de doenças que ameaçam a saúde, em todas as idades. Além disso, são importantes para evitar o reaparecimento de enfermidades já erradicadas no Brasil e no mundo - graças ao elevado índice de imunização.

De acordo com a médica pediatra, Dra. Ana Paula Strasburg – que integra o Corpo Clínico do Hospital de Caridade de Carazinho -, o objetivo das imunizações é estimular o organismo a criar anticorpos contra determinadas doenças. “As vacinas são fabricadas com microrganismos das próprias doenças, ou seja, a vacina da gripe contém alguns tipos de vírus causadores da gripe. Porém, esses vírus estão mortos ou enfraquecidos. Assim, quando um indivíduo vacinado é exposto a um determinado vírus, ele é capaz de produzir os anticorpos necessários para combater a doença”, explica.

Segundo ela, o Ministério da Saúde possui um calendário vacinal que é atualizado todos os anos. “Neste calendário, as vacinas estão organizadas para serem administradas conforme a faixa etária: recém-nascidos, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Há, também, vacinas específicas para gestantes”, complementa.

Ao longo da história, as vacinas contribuíram para a erradicação ou o controle de diversas doenças, entre elas, o sarampo, a poliomielite, a coqueluche e a rubéola. Apesar da comprovação de seus benefícios, a disseminação de notícias falsas tem impulsionado um movimento anti-vacina, que tem ocasionado uma redução na cobertura vacinal e, com isso, a volta dessas doenças.

Conforme a pediatra, quando os pais optam por não vacinar seus filhos estão colocando em risco a saúde da criança e de toda a população. “Além do retorno de epidemias de doenças gravíssimas, também há o aumento de complicações de doenças comuns da infância, como gripes e gastroenterites, o que pode, inclusive, levar a morte”, alerta.

A profissional salienta, também, que todas as vacinas licenciadas para o uso passaram por diversas fases de estudo, a fim de garantir sua segurança. Além disso, há rígidas instituições que fiscalizam a qualidade dessas imunizações, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que realiza esse trabalho no Brasil.

Dra. Ana Paula pontua que, em alguns casos, as vacinas ocasionam sim efeitos adversos, mas enfatiza que essas reações são amenas, tais como, dor local, leve vermelhidão ou febre baixa. “É importante ressaltar que a vacina da gripe não causa gripe, pois ela é produzida com o vírus inativado, ou seja, morto”, destaca.

Por todos esses motivos, a pediatra orienta que os pais vacinem os seus filhos, pois, assim, estarão evitando agravos que podem colocar em risco a vida da criança e do núcleo familiar. Afinal, essas enfermidades são disseminadas pelo contato direto com gotículas de salivas expelidas pela pessoa infectada durante a fala ou por meio dos espirros e objetos contaminados. Assim, o indivíduo doente pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.

“Caso haja dúvidas, converse com seu pediatra. Temos dois calendários disponíveis no Brasil, que são do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, ambos são muito semelhantes e o pediatra pode auxiliar na escolha das vacinas. Levar o seu filho para vacinar é também um ato de amor”, conclui.

 

* Dra. Ana Paula Strasburg é formada em Medicina pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ e cursou sua especialização em Pediatria pela Universidade Federal da Fronteira Sul, no Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo.


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