HCC possui estrutura adequada para o atendimento aos casos suspeitos e confirmados da COVID-19. Por determinação do fluxo estabelecido pelo Estado do Rio Grande do Sul, porém, os pacientes graves devem ser encaminhado ao hospital de referência em Passo Fundo.
Quando as primeiras notícias sobre a pandemia do novo coronavírus começaram a ser divulgadas, o Hospital de Caridade de Carazinho iniciou um planejamento de ações, visando ao enfrentamento da doença. Foi elaborado, então, um plano de contingência, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde e Unidade de Pronto Atendimento–UPA, com o intuito de documentar tais estratégias.
Este plano foi embasado nas diretrizes elencadas pela Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde, considerando os protocolos e fluxos de atendimento determinados por esses órgãos.
A partir disso, o HCC iniciou a montagem de uma estrutura adequada para o atendimento aos casos suspeitos e confirmados da COVID-19, priorizando a segurança dos demais pacientes e de seus colaboradores. Foi criado, então, um ponto externo de triagem, para realizar o acolhimento ao paciente; um espaço de isolamento no serviço de Emergência, contendo cinco (5) leitos e os equipamentos necessários para o atendimento inicial; além de uma ala exclusiva, com 14 leitos, para internação dos casos suspeitos e confirmados.
De acordo com a gerente assistencial do HCC, Aline de Ávila, ao procurar atendimento com sintomas gripais ou respiratórios, o paciente é acolhido no ponto externo de triagem, entre às 7h e às 19h, ou em um espaço destinado para tal fim, no setor de Emergência. Logo, ele é avaliado por uma equipe médica e de enfermagem, e, em seguida, direcionado conforme determina o protocolo. “Levando em conta o exame clínico, os sintomas apresentados e seu histórico de comorbidades, o paciente pode ser orientado a permanecer em isolamento domiciliar, realizando o tratamento em casa; ou ser direcionado a um setor específico do hospital, para uma nova avaliação, uso de medicamentos ou internação. Considerando os critérios descritos no protocolo, o caso pode ser descartado para COVID-19”, explica.
Segundo ela, ainda, ao identificar a suspeita de COVID-19, a equipe médica e de enfermagem avalia a gravidade dos sintomas e a necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente apresenta esforço respiratório ou possui alguma doença prévia, que pode levar a uma instabilidade clínica, ele é considerado um paciente de maior risco. Nesses casos, por determinação do fluxo estabelecido pelo Estado do Rio Grande do Sul, ele será encaminhado ao hospital de referência em Passo Fundo. “Se o paciente já chegar em estado grave, todo o suporte será fornecido pelo HCC até que ele se estabilize e possa ser transferido. O hospital possui todos os equipamentos necessários para esse atendimento”, enfatiza a gerente. Caso o paciente não necessite de cuidados intensivos ou esteja estável, ele será internado e permanecerá em isolamento no HCC, na ala destinada exclusivamente para os casos de COVID-19.
Conforme o diretor técnico do HCC, Dr. Darlan Martins Lara, os hospitais de referência possuem UTIs exclusivas para o atendimento dos casos de COVID-19, uma vez que não é possível misturar, em um mesmo setor, pacientes que possuem e não possuem a doença. “O HCC possui uma Unidade de Terapia Intensiva, com sete leitos de internação, todos equipados. No entanto, nela são atendidos pacientes com outras enfermidades, ou seja, é uma UTI verde (não COVID)”, ressalta.
Segundo ele, o hospital já está habilitado, dentro do plano de contingência estadual, para receber nove (9) novos leitos de UTI, para atendimento exclusivo dos casos de COVID-19. Esses leitos irão compor uma Unidade de Terapia Intensiva provisória, que funcionará junto ao setor de isolamento específico para a doença. “A partir do recebimento desses leitos de UTI, será implementada uma equipe médica, de enfermagem e de apoio completa e exclusiva para manter plantões contínuos na unidade”, conclui.